Diante de mim
Uma intimidade distante
Um corpo que desejo possuir,
Bloqueada por uma muralha
Intransponível e gelada
Fecho os olhos
E a imagino sendo cortejada
Por um estranho
E, com ele, seguir dançando.
E isto é o máximo
Do aliviar do meu desejo
Que consigo me aproximar
O tempo então a deixa para trás
Sua imagem deteriora-se
E desaparece
Bem depois ressurge
Formosa, gostosa e fogosa
Total e imoralmente disponível
Oferecendo-se,
Abrindo-se para mim
E finalmente posso entrar
Invado-a milhares de vezes
Consumo e a preencho completamente
E acabo aprisionado
Nossas identidades se embaralham
Após algum tempo percebo
Não mais a estou reconhecendo
Não é mais a mesma
Moldada, deformada pela minha fôrma
Não está mais no mesmo lugar
Não conseguindo mais a enxergar
Arremesso-a para longe
E ela irreversivelmente morre
Perco-me totalmente
E saio sem rumo
Tentando me reencontrar
Não sei mais quem sou
Guiado por uma vaga lembrança
Seu rastro conduz
Para dentro de meu íntimo
E, assim, por um momento,
Penso tê-la recuperado
Assumindo a sua forma.
Distante de mim mesmo,
Solitário, dançando
Não me reconheço,
E percebo estar equivocado
Não há mais nada
Apenas a minha identidade em pedaços,
Destruída, sem conserto
Na tentativa de libertar
Um amor há muito já exaurido
E simplesmente tocar
Uma intimidade distante
Um corpo que desejo possuir,
Bloqueada por uma muralha
Intransponível e gelada
Fecho os olhos
E a imagino sendo cortejada
Por um estranho
E, com ele, seguir dançando.
E isto é o máximo
Do aliviar do meu desejo
Que consigo me aproximar
O tempo então a deixa para trás
Sua imagem deteriora-se
E desaparece
Bem depois ressurge
Formosa, gostosa e fogosa
Total e imoralmente disponível
Oferecendo-se,
Abrindo-se para mim
E finalmente posso entrar
Invado-a milhares de vezes
Consumo e a preencho completamente
E acabo aprisionado
Nossas identidades se embaralham
Após algum tempo percebo
Não mais a estou reconhecendo
Não é mais a mesma
Moldada, deformada pela minha fôrma
Não está mais no mesmo lugar
Não conseguindo mais a enxergar
Arremesso-a para longe
E ela irreversivelmente morre
Perco-me totalmente
E saio sem rumo
Tentando me reencontrar
Não sei mais quem sou
Guiado por uma vaga lembrança
Seu rastro conduz
Para dentro de meu íntimo
E, assim, por um momento,
Penso tê-la recuperado
Assumindo a sua forma.
Distante de mim mesmo,
Solitário, dançando
Não me reconheço,
E percebo estar equivocado
Não há mais nada
Apenas a minha identidade em pedaços,
Destruída, sem conserto
Na tentativa de libertar
Um amor há muito já exaurido
E simplesmente tocar
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